(08/05/2025) Treinamento de conscientização alerta colaboradores sobre assédio moral e sexual no local de trabalho

Iniciativa cria um ambiente de trabalho mais saudável, seguro e respeitoso para todos os trabalhadores

O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt) do Hospital Estadual Dr Alberto Rassi - HGG realizou uma capacitação na tarde desta terça-feira, 6 de maio, com os colaboradores do Centro Estadual de Atenção ao Diabetes (Cead) sobre a Prevenção do Assédio Moral e Sexual no trabalho. A temática foi conduzida pela psicóloga do Trabalho, Amanda Sousa, que durante o encontro, abordou pontos como o assédio moral vertical ascendente, quando um ou mais trabalhadores, em posição hierárquica inferior, praticam atos de humilhação, constrangimento ou hostilidade contra o superior; descendente, quando os assédios são realizados a partir do superior e são voltados a um ou demais membros da equipe; também há a denominação do assédio horizontal, onde os próprios colegas de trabalho assediam demais colegas, estes podem estar em níveis hierárquicos distintos, mas sem poder uns sobre os outros. Por fim, o assédio sexual, que é o ato de constranger, perturbar, além de ser considerada um meio de se conseguir vantagem em troca de condutas sexuais.

Ao implementar medidas de prevenção e enfrentamento a esse tipo de situação, o HGG cria um ambiente de trabalho mais saudável, seguro e respeitoso para todos os colaboradores. A psicóloga do Trabalho, Amanda Sousa destaca que a equipe do Sesmt tem o objetivo de acolher, promover uma escuta qualificada sem julgamento e orientar os trabalhadores sobre as mais diversas situações.

“Temos duas psicólogas disponíveis para esses acolhimentos que muitas vezes envolvem não apenas situações internas, mas externas também, situações estas que deixam o colaborador disperso e com sintomas de ansiedade. Todos os nossos diálogos são sigilosos e sempre vemos qual a melhor tratativa para cada caso e planos de ação também para melhorias gerais. Além disso, trazer uma dinâmica ao final desse tipo de treinamento ajuda a reforçar e internalizar o conhecimento. E principalmente nesse tema, que é um tema que muitas vezes traz grandes gargalos quando vai se falar. Até mesmo porque pessoas já passaram por isso e aí não querem falar mais desse assunto. Ou até mesmo quando a gente vai falar elas se sentem constrangidas. Então a forma de abordar ela tem que ser diferenciada. Por isso foi pensado nessas figuras que eu trouxe para tratar de uma forma mais lúdica e mostrar que sempre o respeito. A empatia pelo próximo, ela é importante para que não aconteça.”

A colaboradora do Cead, Aliny Marques da Silva, destaca que a palestra informativa fornece subsídios fundamentais para o entendimento dos tipos de assédio e de como fazer denúncias efetivas. “Abordar esse tema é muito interessante, pois, às vezes o colaborador não se posiciona por medo de retaliação e com as palestras passamos a compreender de que forma podemos pedir ajuda e denunciar situações constrangedoras. Além disso, nos auxilia fora da instituição, trazendo oportunidades de ajudar outras pessoas também.”

Na visão da gerente do Cead, Poliany Kássia Morais da Silva, compartilhar a temática com os colaboradores da frente de atendimento é um momento oportuno, que além de explicar e exemplificar situações evidencia que a unidade tem um acolhimento e escuta ativa para as situações. “Muitos colaboradores tem dificuldade de relatar situações tão específicas como essa para nós, gestores, devido ao medo da exposição ou até mesmo perseguição, então é muito importante que eles saibam que no Sesmt encontram esse apoio psicológico para desabar e entender melhor os sentimentos e as situações que estão passando. Também temos que entender que o assédio não acontece apenas dos gestores para a equipe, pode ser o contrário também. Eu sempre gosto de conversar com a equipe caso eu perceba alguma situação, pois a exposição é muito negativa e pode acabar com o clima e relacionamento interpessoal de um setor, pois são situações que vão muito além do desrespeito, as pessoas precisam entender que existe um limite”, ressalta.

Fonte: IDTECH