(27/03/2024) HGG promove sessão de cinema para colaboradores em prol da saúde dos pacientes
Projeto Qualicine aborda temas da segurança do paciente como formas de prevenção
Você sabia que o Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG promove sessões de cinema para os colaboradores da unidade como forma de prevenir erros durante os atendimentos aos pacientes?! O projeto Qualicine aborda diversos temas em prol da segurança do paciente. Nos dias 21 e 22 de março, a unidade realizou a sessão ‘Errar é humano. Investigar o erro é Qualidade e Segurança’, para várias equipes da unidade. As exibições, com direito a pipoca, aconteceram nos turnos vespertinos e noturnos, a fim de contemplar diversos profissionais da instituição.
A ação foi realizada com a demonstração do episódio ‘Uma questão de ponto de vista’ de Grey’s Anatomy, uma série americana que conta a história de um grupo de jovens médicos, que começaram a carreira em uma unidade de saúde como residentes. O episódio narra um acidente grave e coletivo, acometendo diversas pessoas, devido a um incêndio de grandes proporções. Durante a triagem dos feridos, uma mulher é diagnosticada com algumas queimaduras no corpo. Seu estado de saúde foi checado por vários médicos, mas em meio a tantos outros pacientes, e distrações, e com a turbulência da emergência, exames primários não foram realizados. Resultado: a paciente entra em colapso e morre.
Sem entender o motivo da morte, houve uma sindicância para apurar o caso. Cada médico que atendeu a paciente foi interrogado. Cada um com seu ponto de vista. Por fim, a conclusão. Falhas no atendimento e falta de atenção. A primeira residente que examinou a paciente em questão não verificou suas vias aéreas, que tinham resquícios de fuligem, ocasionando um colapso pulmonar e falência múltipla dos órgãos.
A supervisora da Residência de Terapia Intensiva do HGG, a médica Waleska Alves de Oliveira Queiroz Bernardes, explica que as promoções de ações lúdicas ajudam na internalização do conhecimento, tornando o profissional um propagador da informação. “Tentamos trazer a abordagem de um evento adverso para nossa equipe multiprofissional, pois no trecho demonstrado tem certo enfoque nos médicos, então adaptamos. Tentamos também esclarecer que um erro, nunca é culpa de uma única situação ou culpa de uma única pessoa, mas na verdade é consequência de uma falha sequencial de processos, de um conjunto que acabou não se alinhando.”
A profissional comenta ainda que as quebras nas barreiras de segurança acabam culminando em eventos adversos, que podem ser desde leves até graves. “No exemplo que trouxemos ocorre um evento catastrófico e a gente tentou estimular na equipe que participou, assistiu, situações que eles acreditam que possam ter contribuindo para tal desfecho, na tentativa de trazer conscientização da importância de notificar e de investigar os eventos adversos, para que a gente possa aprender com os nossos erros e não permitir que eles aconteçam novamente.”
O auxiliar administrativo do HGG, Flávio Dias, atua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Ele comenta que em seu entendimento, todas as pessoas são uma espécie de “barreiras” para a prevenção de erros no atendimento assistencial. “O HGG é um hospital muito grande. Seguimos fluxos, seja na assistência ou não, dessa forma conseguimos detectar detalhes que passaram despercebidos. Haverá uma segunda, terceira checagem, uma sequência de conferências, isso é fundamental. Além disso, o local também pode ajudar para que esse erro aconteça, como foi mostrado no exemplo. Muitas informações, cenas chocantes, tudo isso pode afetar a percepção do profissional, ocasionando o descuido e, assim, gerando erros. Então, é sempre bom ter essa educação permanente aqui no hospital, é um alerta para nós ficarmos cada vez mais atentos, e não deixar passar despercebidos pequenos erros, que podem ser fatais.”
Fonte:
IDTECH